Hoje é Dia do Folclore!!!
Criação da data
O Congresso Nacional Brasileiro, oficializou em 1965 que todo dia 22 de agosto seria destinado à comemoração do folclore brasileiro. Foi criado assim o Dia do Folclore Nacional. Foi uma forma de valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro. Desta forma, a cultura popular ganhou mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada. O dia 22 de agosto é importante também, pois possibilita a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração.
Comemoração
O Dia 22 de agosto é marcado por várias comemorações em todo território nacional. Nas escolas e centrou culturais são realizadas atividades diversas cujo objetivo principal é passar a diante a riqueza cultural de nosso folclore. Os jovens fazem pesquisas, trabalhos e apresentações, destacando os contos folclóricos e seus principais personagens. É o momento de contarmos e ouvirmos as histórias do Saci-Pererê, Mula-sem-cabeça, Curupira, Boto, Boitatá, etc.
Nesta data, também são valorizadas e praticadas as danças, brincadeiras e festas folclóricas.
Algumas Lendas:
A Lenda do Zumbi | |||||
A maioria dos nossos temores se escondem dentro da escuridão da noite. | Vem do Quimbundo[1] nzumbi, espectro, duende, fantasma. Para as antigas tradições africanas, vem do termo nzámbi, divindade, título adotado pelos chefes sociais. Entre os Cabindas[1], quer dizer Deus. Zumbi foi o título do chefe dos rebelados escravos que se refugiaram no Quilomdo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas. Em Sergipe, Zumbi é um negrinho que se confunde com o Saci, que aparece nos caminhos em meio à mata e é companheiro da Caipora, mas não usa a carapuça vermelha. Anda nu ou quase nu, sempre procurando crianças que vão pegar frutas sivestres, para desorientá-las com seus longos e finos assobios, ou surrá-las, como faz o Curupira. No Rio de Janeiro, fala-se de umZumbi da meia-noite, um espectro que vagava à noite alta pelas ruas intimidando as pessoas. Relato semelhante a esse, também foi colhido no interior de Pernambuco, apenas que neste, ele canta: "Lá vem o Zumbi da Meia-Noite..". E se perde dançando na noite. Há também referências a um Zumbi diabinho malicioso, moleque. Zumbi também se diz Feiticeiro. Uma vaga tradição fala de um Zumbi retraído, misterioso, taciturno, saindo apenas à noite. | ||||
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Informações Complementares:
Nomes comuns: Zumbi, Zumbi da Meia-Noite, Zombie, Nzumbi.
Origem Provável: É quase certo que pertença a extensa Mitologia africana, embora tenha sofrido muitas variações em nossas terras.
Como um diabinho atormentador, ele se parece com o Gunocô dos Indígenas Negros Bantus e é um dos elementos constitutivos do nosso Saci-Pererê.
O Zumbi por vezes oculta-se, e impede a um cavaleiro de prosseguir. Os animais são capazes de perceber sua presença. Ele próprio pode ser percebido pelo ronco surdo, estremededor, que faz. Outras vezes, ele é a alma de um Negro que foi transformado em pássaro, e que fica ao escurecer, nas porteiras das fazendas, gemendo com seu canto fúnebre, chamando os passantes pelo nome. Às vezes, ao meio dia, canta e lamenta a vida que levou como escravo, e diz: "Zumbi... biri.. ri.. coitado.. zumbi.. biri.."
Há também o Zumbi de Sergipe, que é casado com a Caipora. Este é um negrinho como o Saci-Pererê, mas sem a carapuça vermelha, que corre através do mato ralo, a capoeira, rápido como um raio, do qual se percebe apenas um vulto que tem a cor de Ébano lustroso.
Nos mitos e Superstições negras do Haiti, há o registro dos Zombies. O Zumbi haitiano é um cadáver animado, pela força mágica de um feiticeiro. Então, como um morto vivo, será escravizado nos trabalhos do campo, sob a guarda do seu encantador. São insensíveis, quase não se alimentam, e sua comida não deve conter sal. Se provam sal, sentem que estão mortos e voltam para a sepultura, quebrando o encanto que o feiticeiro tem sobre eles.
No fabulário brasileiro, não se conhece essa modalidade sinistra de exploração humana.
Documentário:
Eis um curioso relato coletado no interior de Pernambuco, de um antigo e tradicional morador da região Agreste daquele estado.
Viciado em Jogo de Cartas, naquela noite, perdera a noção de hora. Ao dar-se conta, descambou para casa em passos apressados. Nas ruas desertas daquela noite fria e nevoenta, nem cachorro se via pelos becos ou esquinas onde as lixeiras costumavam ser colocadas.
Foi quando escutou ao longe o barulho das primeiras badaladas do sino da igreja, anunciando meia-noite. Apressou-se ainda mais. Nesse momento viu que não estava sozinha na rua antes deserta. O ruído de passos compassados, além dos seus, sugeria companhia. Atrás dele, caminhando por uma das calçadas da rua, um vulto, à largas passadas, se aproximava. Era alto, esguio, parecia mover-se como se deslizasse pelo chão. Vestia roupas negras, um sobretudo aberto, e usava um chapéu de abas largas.
Apesar de não achar estranho, sentiu um arrepio lhe percorrer o corpo. Poderia ser alguém que estava na mesa de carteado, ou na casa de jogos, mas também poderia ser um ladrão. Desconfiado e cauteloso, resolveu manter distância daquele estranho e inesperado companheiro de altas horas.
Apertou ainda mais os passos. Achou estranho que, quanto mais se distanciava, mais próximo o vulto parecia estar. Olhou outra vez e viu que ele, o vulto, aumentara de tamanho. Agora deveria medir a estatura de dois homens. Seu coração acelerou e a respiração ficou mais forte, e quando voltou a cabeça para trás mais uma vez, viu algo que o deixou congelado. O vulto agora ocupava os dois lados da rua, crescera, estava largo, com um pé em cada uma das calçadas.
E, diante dos seus incrédulos olhos, ele voltou ao tamanho normal e começou a dançar, e dizia com uma voz grossa e ritmada: "Lá vem o Zumbi da meia-noite, quiri, quiri...", para em seguida desaparecer misteriosamente deixando-o inteiramente confuso, desorientado, em pânico. Apavorado saiu em desembalada carreira rezando todas as orações que conseguia lembrar, só parando à porta de sua casa, quase sem fôlego.
Naquela noite, não conseguiu dormir.
Foi quando escutou ao longe o barulho das primeiras badaladas do sino da igreja, anunciando meia-noite. Apressou-se ainda mais. Nesse momento viu que não estava sozinha na rua antes deserta. O ruído de passos compassados, além dos seus, sugeria companhia. Atrás dele, caminhando por uma das calçadas da rua, um vulto, à largas passadas, se aproximava. Era alto, esguio, parecia mover-se como se deslizasse pelo chão. Vestia roupas negras, um sobretudo aberto, e usava um chapéu de abas largas.
Apesar de não achar estranho, sentiu um arrepio lhe percorrer o corpo. Poderia ser alguém que estava na mesa de carteado, ou na casa de jogos, mas também poderia ser um ladrão. Desconfiado e cauteloso, resolveu manter distância daquele estranho e inesperado companheiro de altas horas.
Apertou ainda mais os passos. Achou estranho que, quanto mais se distanciava, mais próximo o vulto parecia estar. Olhou outra vez e viu que ele, o vulto, aumentara de tamanho. Agora deveria medir a estatura de dois homens. Seu coração acelerou e a respiração ficou mais forte, e quando voltou a cabeça para trás mais uma vez, viu algo que o deixou congelado. O vulto agora ocupava os dois lados da rua, crescera, estava largo, com um pé em cada uma das calçadas.
E, diante dos seus incrédulos olhos, ele voltou ao tamanho normal e começou a dançar, e dizia com uma voz grossa e ritmada: "Lá vem o Zumbi da meia-noite, quiri, quiri...", para em seguida desaparecer misteriosamente deixando-o inteiramente confuso, desorientado, em pânico. Apavorado saiu em desembalada carreira rezando todas as orações que conseguia lembrar, só parando à porta de sua casa, quase sem fôlego.
Naquela noite, não conseguiu dormir.
A Lenda do Mapinguari | |||||
Se nossos medos mais ocultos se tornam representações alegóricas vivas, compreender esses temores, nos faculta então a cura dos medos. | O Mapinguari é o mais popular dos monstros da Amazônia. Seu domínio estende-se pelo Pará, Amazonas, Acre, vivificado pelo medo de uma população meio nômade que mora nas matas, subindo os rios, acampando nas margens desertas dos grandes lagos e lagoas sem nome. Caçadores e trabalhadores de todos os ofícios citam oMapinguari como um verdadeiro demônio do Mal. Não tem utilidades ou vícios cuja satisfação determine aliança momentânea com os religiosos cristãos. Mata sempre, infalivelmente, obstinadamente, quem encontra pela frente. Mata para comer. Descrevem-no como um homem agigantado, negro pelos cabelos longos que recobrem seu corpo como um manto, de mãos compridas, unhas em garra, fome insaciável, ou"canina" como é conhecida uma fome de tamanha envergadura. | ||||
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Informações Complementares:
Nomes comuns: Mapinguari.
Origem Provável: É de origem recente e possivelmente uma variante doCurupira. Nenhum cronista do Brasil colônia ou império citam seu nome. Entre os seringueiros e moradores da floresta Amazônica é quase uma unanimidade. Alguns elementos de sua fisiologia e costumes foram com certeza tirados doCaipora ou Curupira. Mas não é de origem indígena, uma vez que há nele uma espécie de caráter punitivo de cunho religioso, coisa alheia aos aborígenes.
O nome Mapinguari possivelmente se trata de uma contração de mbaé-pi-guari, a cousa que tem o pé torto, retorcido, ao avesso. O início da surpresa seria o rastro de forma estranha, circular, indicando justamente a direção oposta ao verdadeiro rumo. Posteriormente é que a imaginação criou a figura material, semelhante aos outros monstros.
Quando ele apanha um caçador, mete-o debaixo do grande braço forte como aço, mergulha-lhe a cabeça na imensa bocarra e masca-o, isto é, come-o aos poucos, mastigando lentamente, remoendo.
Em um ponto distancia-se do Lobisomem. Não há notícia de alguém poder se tornar Mapinguari. O Sr. Mário Guedes[3], pesquisador de mitos, informa que é crença entre alguns índios Tuixauas, escutou isso de um chefe indígena dessa etnia, que o Mapinguari era o "antigo rei da região". Mas se há essa lenda, oTuixaua só tomou a nova encarnação depois de morto. Mas, o Mapinguari é uma forma definitiva.
Um dos traços visíveis da catequese católica é a intercorrência do resguardo aos dias santos e domingos. O Mapinguari escolhe quase sempre esses dias para suas aventuras predatórias. Caçador que encontrar matando caça nesses dias proibidos e de preceito, é homem morto.
É opinião concreta entre os compiladores folcloristas, que nessa insinuação está a antiga influência da catequese de tentar incutir entre os selvagens obediência a uma das leis da Igreja, sob o jugo do medo.
Documentário:
J. da silva Campos, em seu livro de contos tradicionais[4], relata o seguinte episódio.
O Mapinguari (Rio Purus, Amazonas).
Dois seringueiros moravam na mesma barraca, em um "centro" muito afastado, lá naqueles fins de mundo. Um deles tinha por costume sair todos os domingos para caçar. O companheiro sempre lhe dizia:
"Olha, fulano, Deus deixou os domingos para a gente descansar".
Ao que ele retrucava:
"Ora, no domingo tembém se come".
E lá se ia para o mato, onde ficava o dia inteiro.
Por muita insistência sua, o companheiro resolveu-se a ir fazer uma caçada com ele, certo domingo. Foram e perderam-se um do outro. O que não estava habituado a tais empreitadas andou muito tempo à toa, sem acertar o caminho e já não sabia mais onde tinha a cabeça, de atarantado. Foi quando ouviu uns berros medonhos e estranhos, que o encheram de pavor. Subiu mais que depressa numa árvore bem alta e ficou lá em cima, quieto, imóvel, para ver o que era aquilo.
Os berros foram se fazendo ouvir cada vez mais perto, até que ele pôde testemunhar um espetáculo horrendo, que quase o põe louco de terror. UmMapinguari, aquele macacão enorme, peludo que nem um coatá, de pés de burro, virados para trás, trazia debaixo do braço o seu pobre companheiro de barraca, morto, esfrangalhado, gotejando sangue. O monstro, com as unhas que pareciam de uma onça, começou a arrancar pedaços do infeliz e metia-os na boca, grande como uma solapa, rasgada à altura do estômago, dizendo em altas e terríveis vozes:
"No domingo também se come!"
Assim, o seringueiro viu a estraha fera engolir o infeliz caçador. E lá foi a besta horrenda pela mata, urrando num tom de voz que fazia estremecer até as próprias árvores:
"No domingo também se come!"
Pessoal eu não coloquei aquelas lendas de Saci Perere etc,pois essas lendas todos conhecem então quiz inovar e colocar algumas lendas da Amazônia.Mas lembrando elas podem parecer mais reais que as outras mais não são e os documentários também não são reais essa histórias são boas para a gente viajar no mundo da imaginação.
Bom espero que tenham gostado um beijo a todos e Xau
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Blogueira paulista de 18 anos apaixonada por animais, moda e computação. Ama escrever e viu no blog uma forma de mostrar um pouquinho do seu mundo.
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